Esta é aquela época em que inevitavelmente fazemos balanços sobre o que foi o ano que passou. Cumprimos aquilo que tínhamos como resolução de mudança há um ano atrás? Em que momento do ano é que começamos a desistir? Estamos onde gostávamos de estar? Orgulhamo-nos da pessoa que somos? Temos a vida que queremos? Revemo-nos na nossa maneira de agir com os outros e connosco? Rodeamo-nos das pessoas certas? Chega de fazer perguntas que nos culpabilizam! Vamos fazer diferente!
Esta é certamente a época adequada do ano para pararmos um bocado e deixarmos de ser derrotistas. Parar de permitir que a nossa cabeça nos faça perguntas com um tom negativo. Vamos mudar de postura. Vamos fazer perguntas diferentes que nos obriguem a novas respostas. Vamos deixar de nos questionar com o "porquê" das coisas e alterar as nossas perguntas para "como", pois será certamente um maior motor de arranque para o nosso bem estar e a nossa felicidade.
Como queremos estar em 2017? E como vamos fazê-lo? Para começar, vamos escolher apenas dois compromissos. As listas infindáveis não dão bom resultado pois acabam por nos assustar, e depois, o que normalmente pode acontecer, é que acabamos por nos agarrar a esse medo para adiar e mais uma vez, desistir. Além disso, por muita capacidade que tenhamos de fazer uma série de tarefas ao mesmo tempo, a verdade, é que temos um limite e o nosso cérebro tem melhor aptidão para se focar em apenas duas ações simultaneamente.
Vamos deixar de olhar com uma postura tão critica para a nossa vida, para as nossas atitudes, para nós mesmos e vamos antes tentar encarar as circunstâncias mediante uma análise de oportunidades. Onde temos oportunidade de melhorar? O que podemos explorar para sermos mais felizes e estarmos melhor connosco mesmos? Como o podemos fazer? Devemos ter a capacidade para transformar e reajustar-nos às oportunidades que surgem e encaramo-las como desafios. Assim, a definição de prioridades é fundamental. Vamos identificar as duas maiores oportunidades que temos para começar a trabalhar sobre nós, sobre a nossa vida, sobre as nossas aspirações e depois, traçar um plano. Um plano a sério com objetivos, deadlines e até mesmo com monitorização para não deixarmos que os nossos álibis intelectuais entrem em acção e nos façam atirar para um futuro próximo mas inexistente aquilo que decidimos. Até que... acaba por cair em esquecimento e novamente colocamo-nos de parte. Tendo este projeto delineado, torna-se importante de seguida, determinar estratégias para que possamos aplicar tanto connosco como com os outros à nossa volta.
Existirão, com grande certeza, compromissos mais práticos como a procura de um novo emprego que nos faça sentir mais felizes e mais realizados e outros aparentemente menos substanciais, mas tão ou mais importantes, como o pedir apoio para sermos ajudados a identificar aquilo que é verdadeiramente importante para nós.
Existem pessoas autodidatas, existem outras que necessitam de um mentor. As equipas desportistas têm treinadores, os alunos têm professores. São apenas métodos diferentes para pessoas que são naturalmente distintas – todos somos.
Esqueçamos as resoluções de ano novo! Vamos reflectir e identificar as nossas prioridades, traçar dois compromissos para 2017, planea-los e executa-los.
Vamos começar já hoje a fazer diferente?